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Asma induzida por Exercício - Dicas

O que você deve saber para se exercitar com segurança

Asma induzida por exercício (AIE) é uma condição particular na qual a atividade física vigorosa desencadeia um estreitamento agudo das vias aéreas em pessoas com reatividade
brônquica aumentada. Tipicamente, a AIE não ocorre durante o exercício e sim dentro de poucos minutos após completado o esforço físico. No início do exercício, por liberação de catecolaminas, há broncodilatação.

  • AIE ocorre em 70-90% dos pacientes com asma. É mais comum na prática clínica em crianças devido a ser o exercício usual nessa idade. A variação de incidência em testes laboratoriais é justificada pelas diferenças na seleção dos pacientes (gravidade da asma), tipos de exercício empregado no teste de desencadeamento (corrida livre, esteira ou bicicleta ergométrica), critérios utilizados na demonstração da broncoconstrição e uso de medicação broncodilatadora, previamente ao desencadeamento. A reatividade brônquica aumentada ao exercício em crianças e adolescentes assintomáticos não prediz o desenvolvimento subseqüente de asma sintomática.

  • Alguns pacientes com AIE, ao término do exercício, desenvolvem sintomas clássicos, como tosse, dispnéia e sibilância. Nesses, muitas vezes, o diagnóstico de AIE é estabelecido através da história clínica. Outros podem queixar-se somente de tosse ao final do exercício ou de falta de ar, desproporcionais ao exercício executado. Estes últimos devem ser avaliados em laboratório, mediante execução de prova de desencadeamento, para que o diagnóstico possa ser adequadamente confirmado.

Um teste laboratorial é útil para avaliar a gravidade e os efeitos do tratamento da AIE, porque condições padronizadas para o exercício são usadas e podem ser reproduzidas.

A duração do exercício deve ser de 6 a 8 minutos, com ventilação alcançando, durante pelo menos 4 minutos, 40 a 60% da ventilação voluntária máxima.

O diagnóstico de AIE é confirmado por quedas no VEF1 ou PFE de 15% ou mais após 5-10 minutos da interrupção de atividade física vigorosa com duração de 5-6 minutos, em que FC de 80-90% da máxima é alcançada.


Os sintomas desencadeados pelo exercício desaparecem, espontaneamente, após período variável, geralmente, uma hora após seu término. Contudo, uma parcela deles pode manifestar novamente sintomas, cerca de quatro a dez horas após o desencadeamento inicial. Tal fenômeno denomina- se fase tardia da AIE. Esta, por sua vez, tem características semelhantes às da fase tardia da reação desencadeada por alérgenos.

  • AIE é provavelmente desencadeada pela perda de água e calor do trato respiratório, necessários para aquecer e umidificar o ar inspirado sob condições de hiperventilação. Isto resulta em hiperosmolaridade da mucosa brônquica, liberação de mediadores por degranulação de mastócitos e constrição do músculo liso das vias aéreas. Outra hipótese sugere hiperemia de rebote após o resfriamento da mucosa, com formação de edema.

  • O potencial asmogênico do exercício depende da ventilação alcançada e das condições do ar inspirado (temperatura e conteúdo de água). A corrida livre produz AIE mais intensa e a natação é o exercício mais seguro. A execução de exercício sob condições nas quais ar quente e úmido seja inalado (piscinas aquecidas) ou a realização de exercícios intermitentes, de curta duração, são menos associados ao desencadeamento de broncoespasmo. O aquecimento corporal com múltiplos sprints de 30 segundos de duração, 30 minutos antes do exercício pode reduzir a intensidade da AIE.

Exercícios regulares com condicionamento físico resultam em menor ventilação com o mesmo grau de esforço e, portanto, em menor AIE; entretanto, exercício regular não reduz o grau de HRB na asma, a longo prazo, e não “cura” a doença.


Episódios de AIE podem ser atenuados através de um período de aquecimento antes do exercício. Para um controle mais efetivo é, entretanto, necessária uma intervenção farmacológica. Inalação de um beta-2-agonista 15-30 minutos antes do exercício é o tratamento de escolha para

AIE; permite à criança a escolha de modalidade de exercício de sua preferência.

O CO2 pode potencializar a AIE e os asmáticos não devem realizar exercícios intensos em dias poluídos.


Cromoglicato de sódio ou nedocromil usados 15-30 minutos antes do exercício também podem prevenir ou modificar a AIE. A furosemida inalada tem papel protetor semelhante. Os beta-2 de ação prolongada podem prevenir o aparecimento de obstrução das vias aéreas por várias horas.
Salmeterol deve ser fornecido duas horas antes do exercício e não tem efeito prolongado em todos os pacientes; tolerância com uso repetido para broncoespasmo de exercício
tem sido demonstrada.

Para aqueles com AIE grave, a combinação de beta-2- agonista e nedocromil/cromoglicato é recomendada. Nestes pacientes um curso ou elevação do corticóide inalatório é recomendado para reduzir o grau de HRB e a AIE.

Outras drogas têm efeito inconsistente. Os antagonistas dos leucotrienos oferecem proteção significativa contra AIE, tendo as vantagens de serem dados por via oral e tendo longa duração; porém, variação considerável no seu efeito é observada; alguns pacientes têm proteção completa enquanto outros, resposta pequena ou ausente. Em média, a proteção é de 50% na queda do VEF1.

A presença de AIE é um indicador de não controle da asma e estabilização da doença pode ser requerida antes que um controle efetivo da AIE possa ser alcançado; porém, muitos asmáticos continuam a ter AIE, apesar de bem controlados com corticosteróides inalatórios.

Fonte: II Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (1998)

Veja mais:

Saúde Infantil - Sedentarismo pode provocar asma

Sedentarismo pode elevar risco de asma em crianças diz estudo.

O estudo acompanhou crianças do nascimento aos 11 anos

Crianças pequenas que passam mais de duas horas por dia assistindo à televisão correm duas vezes mais risco de desenvolver asma, de acordo com um estudo britânico publicado na revista de medicina respiratória Thorax.

Imagem: Getty Images
Os cientistas dizem, contudo, que o problema se deve menos à TV em si e mais ao estilo de vida sedentário ligado ao hábito de assisti-la.

Os pesquisadores acompanharam mais de 3 mil crianças britânicas desde o nascimento até os 11 anos e meio. Todos os anos, os pais respondiam a um questionário sobre sintomas de problemas respiratórios em seus filhos e se um médico diagnosticou asma.

Os pais também foram requisitados a acompanhar os hábitos de assistir à televisão dos filhos a partir dos três anos e meio de idade.
Nenhuma criança pequena ou bebê apresentava problemas respiratórios.

Aos 11 anos e meio, 185 crianças (6%) tinham desenvolvido asma.


Horas diante da TV


E crianças que assistiram à TV durante mais de duas horas por dia apresentaram quase o dobro de possibilidade de ter sido diagnosticadas com asma do que as que assistiam menos à televisão.
Entre as crianças com asma, 2% não assistiam à TV, 20% assistiam por menos de uma hora por dia, 34% praticavam o hábito entre uma e duas horas e 44% assistiam à televisão durante mais de duas horas por dia.
=>>> Pais, atenção para conclusão que segue:

Pesquisadores ressaltaram que, como nenhuma criança apresentava problemas respiratórios aos três anos e meio, é pouco provável que as crianças que desenvolveram asma tenham sido forçadas a fazer menos exercícios desde tenra idade justamente por causa dos sintomas da doença.

Eles especulam que a inatividade é uma explicação para os resultados obtidos, partindo-se da premissa de que as crianças que assistem mais TV têm vidas menos ativas - os cientistas não monitoraram diretamente os níveis de exercício das crianças durante o estudo.

No final do estudo, quando as crianças tinham 11 anos e meio de idade, constatou-se pouca diferença nos níveis de exercício físico entre os que desenvolveram asma e os que não desenvolveram.

O co-autor do estudo, James Paton, da Universidade de Glasgow, disse: "Nós achamos que o problema é inatividade, não assistir à TV."

"Pode haver um período cedo na vida quando as atividades fazem alguma coisa para proteger os pulmões."
"Pode ser que ao não ficar sentado parado você acabe respirando profundamente e isso pode ser importante no longo prazo."


Há indícios de que padrões respiratórios podem ser importantes para os músculos das vias respiratórias.

Criança saudável, é criança em movimento!


Fonte: BBC Brasil

Veja mais:

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