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Stress Físico - Cabelo diminui efeitos do sol no corpo


Pesquisa - Cabelo minimiza efeitos da radiação solar durante exercício físico

Boa notícia aos cabeludos!

Pesquisador da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais analisou dez homens com cabelo crespo e encaracolado com uma camada de ao menos três centímetros de espessura. Os voluntários participaram de atividades físicas realizadas sob o sol de 11h e 12h30, antes e depois de terem a cabeça raspada.(fotos: Leonardo Gomes Coelho)

Constataram que, ao praticarem exercícios sem cabelo, os voluntários apresentaram um nível maior de estresse fisiológico. “O cabelo formaria uma espécie de barreira entre o crânio e a radiação solar”, explica Coelho. Ao permitir a passagem do ar, essa camada faz com que o crânio se aqueça mais lentamente do que aconteceria caso não houvesse cabelo.

O cabelo tem papel fundamental para proteger o crânio da radiação solar e minimizar a absorção de calor no cérebro, como mostrou um estudo pioneiro realizado no Brasil. Os pêlos presentes em nossa cabeça formam uma camada protetora que dificultaria o aumento exagerado da temperatura durante atividades realizadas sob o Sol. Os resultados podem explicar por que os pêlos nos humanos se atrofiaram em todo o corpo, menos na região da cabeça.

O estudo foi realizado no período de 11h a 12h30 como forma de maximizar os efeitos da radiação.

Usaram indicadores freqüência cardíaca, temperatura interna e as taxas de transpiração, índice de estresse fisiológico (IEF). A atividade física levou ao aumento da variação da freqüência cardíaca e da taxa de sudorese, e o IEF subiu de 4,6 para 5,2.

“Nosso objetivo não era avaliar o efeito do cabelo sobre o rendimento dos atletas, e sim entender a razão para que, na nossa evolução, apenas os pêlos da cabeça não tenham se atrofiado”, comenta.

Diminuição do desgaste

Ao contrário do que ocorreu com outros primatas, que ainda mantêm uma pelagem mais espessa, os pêlos que cobrem o corpo dos seres humanos diminuíram de tamanho. Coelho sugere que esse fato está relacionado à transição do homem para a forma bípede de caminhar, que levaria a uma concentração maior de radiação na região do crânio.

“Acredita-se que a espécie humana tenha surgido na África, uma região onde os índices de radiação solar são muito altos”, justifica. “Por isso, em nossa amostra incluímos apenas voluntários com cabelos crespos, pois seriam os mais adequados ao modelo teórico da origem africana.


Futuramente, ainda serão necessários estudos para saber se os resultados se repetem em pessoas com cabelos lisos ou mais claros”.

Fonte: http://www.ufmg.br/boletim
http://www.ufmg.br/boletim/bol1611/3.shtml

Veja mais:

2 comentários:

Alexandre Quirino 5/27/2009  

Parabéns pelo blog.
Informações de qualidade.
Abraços.

Cristina Cavasotto 5/27/2009  

Obrigado Alexandre! Bom receber referências de colegas profissionais! Grande abraço e sucesso!

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