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Exercício físico antes dos 40 previne hipertensão na menopausa

Os dados da matéria publicada hoje (13/09/2013) pela Agência FAPESP,  por Karina Toledo, vêm a confirmar o que observamos na prática com nossos alunos. 

Após 25 a 30 minutos de atividade aeróbica de baixa intensidade ( 75%  da frequência cardíaca máxima estimada ), tanto normotensos, como hipertensos medicados, tendem a baixar a pressão arterial. 

Em alguns casos a diastólica e sistólica baixam, mas em geral, o impacto tem sido percebido na sistólica.


Segue matéria da Agência FAPESP que divulga resultados de estudos relacionados aos benefícios do exercício na prevenção de hipertensão arterial:


"Especialistas em cardiologia estimam que até 80% das mulheres podem se tornar hipertensas após a menopausa. Para prevenir o problema, a prática de exercícios físicos precisa ser incluída na rotina por volta dos 40 anos de idade, muito antes da última menstruação acontecer.

O alerta foi feito pela pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Angelina Zanesco, que coordena uma pesquisa cujo objetivo é desvendar os mecanismos biológicos responsáveis pelo aumento da pressão arterial feminina nessa faixa etária.

Os primeiros resultados do estudo, que tem apoio da FAPESP, foram apresentados durante a 28ª Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia experimental (FeSBE), realizada entre os dias 21 e 24 de agosto em Caxambu, Minas Gerais.

“Muitas mulheres começam a se preocupar com a atividade física somente após os 50 anos, quando a barriga começa a crescer. Mas nossos resultados mostram que, para evitar o desenvolvimento da doença, a intervenção precisa ser feita antes que ocorram as mudanças metabólicas e hormonais da menopausa”, afirmou Zanesco.

Para chegar a tal conclusão, a equipe do Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Atividade Física da Unesp em Rio Claro (SP) avaliou em dois grupos de mulheres – pré e pós menopausa – o funcionamento do chamado sistema renina-angiotensina, um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos no controle da pressão arterial.

“O sistema renina-angiotensina é responsável por elevar a pressão arterial, principalmente por meio da constrição dos vasos sanguíneos, e isso tem uma importância fisiológica. No caso de um acidente com hemorragia ou de uma infecção generalizada, por exemplo, esse sistema impede que a pressão arterial caia demais e o indivíduo desmaie. Mas quando o mecanismo é ativado sem necessidade, acaba levando à hipertensão”, explicou Zanesco.

Os pesquisadores coletaram amostras de sangue de 42 mulheres com mais de 40 anos que ainda não estavam na menopausa e de outras 32 que já estavam havia pelo menos 12 meses sem menstruar.

“Para ter certeza de que a voluntária estava de fato na menopausa, medimos os níveis dos hormônios LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante), que são marcadores da falência ovariana”, explicou Zanesco.

Em seguida, mediram nos dois grupos os níveis plasmáticos da enzima conversora de angiotensina e de diversos peptídeos, como angiotensina 1, angiotensina II e a angiotensina 1-7. Os resultados mostraram que, de maneira geral, o sistema renina-angiotensina estava até 80% mais ativo no grupo de mulheres pós-menopausa quando comparados às mulheres na perimenopausa.

“Quando comparamos apenas as mulheres normotensas, pré e pós menopausa, não vemos grandes diferenças. Mas, quando comparamos as hipertensas, o aumento na atividade do sistema renina-angiotensina chega a 150%. Esses dados mostram que, se a mulher esperar a menopausa para mudar seu estilo de vida, pode ser um pouco tarde e esse sistema já estará ativado para causar uma patologia”, avaliou Zanesco.

Benefícios

Desde meados da década de 1990, diversos estudos têm mostrado os benefícios de exercícios aeróbicos no controle da pressão arterial. O efeito também foi comprovado no experimento feito com 40 mulheres – 29 normotensas e 21 hipertensas – no Laboratório de Fisiologia Cardiovascular e Atividade Física da Unesp.

Após dois meses de treinamento na esteira, que incluía três sessões de 40 minutos por semana, em ritmo moderado, houve redução da gordura abdominal de aproximadamente três centímetros. Além disso, a pressão arterial das normotensas caiu 4 milímetros de mercúrio e a das hipertensas, 7 milímetros de mercúrio.

“Seria o equivalente a descer de uma pressão de 13.2 para 12.5, por exemplo. É uma redução importante para um período tão curto e o suficiente para reduzir em 40% o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral”, afirmou Zanesco.

No momento, os pesquisadores tentam descobrir por meio de quais mecanismos biológicos a atividade física ajuda a regular a pressão. A primeira suspeita, que não se confirmou, estava relacionada à redução nos níveis de cortisol e de testosterona.

“Sabemos que o cortisol, o hormônio do estresse, é produzido e liberado pelo tecido adiposo visceral. Achávamos que reduzindo a gordura da barriga haveria redução no nível de cortisol, mas não foi o que observamos”, contou Zanesco.

Os níveis plasmáticos de testosterona – que já foi relacionada em estudos anteriores ao aumento da pressão arterial na menopausa – também ficaram inalterados após o período de treinamento físico.

“Agora vamos iniciar uma nova leva de experimentos e medir outros biomarcadores, como óxido nítrico e GMP (guanosina monofosfato) cíclico, que são agentes vasodilatadores”, contou. 
Outra hipótese a ser investigada é a de que a atividade física estimula a liberação de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), o que promoveria a redução do estresse oxidativo e ajudaria a reduzir a pressão arterial 
Por último, serão avaliados mediadores inflamatórios – como a proteína C reativa, produzida pelo fígado, e interleucinas produzidas pelo tecido adiposo visceral –, que podem ser a gênese do problema.

“Se conseguirmos entender os mecanismos da hipertensão nessa faixa etária poderemos encontrar meios para prevenir mais eficazmente o problema. Além de melhorar a saúde da população, isso reduziria muito os gastos do sistema de saúde”, avaliou Zanesco.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

De acordo com a Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) da SBC e da Associação Brasileira do Climatério (Sobrac), até os 55 anos há um maior percentual de homens com hipertensão.

Dos 55 aos 74 anos, o percentual de mulheres é discretamente maior. Acima dos 75 anos, o predomínio no sexo feminino é significativamente superior. Os especialistas que formularam a diretriz estimam que cerca de 80% das mulheres, eventualmente, desenvolverão hipertensão na fase de menopausa.

De acordo com o levantamento Vigitel 2011 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta brasileira. A frequência da doença avança com o passar dos anos. Se entre 18 e 24 anos apenas 5,4% da população relatou ter sido diagnosticada hipertensa, aos 55 anos a proporção é 10 vezes maior, atingindo mais da metade da população (50,5%) estudada. A partir dos 65 anos, a mesma condição é observada em 59,7% dos brasileiros. Diferentemente dos dados apontados pela diretriz da SBC e da Sobrac, o Vigitel indica que a maior frequência de diagnóstico em mulheres ocorre em todas as faixas etárias. "

Fonte: http://agencia.fapesp.br/17863

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Pesquisa - Ficar sentado aumenta risco de diabetes e doenças cardiovasculares

O especialista em modelagem preditiva (uso de estatísticas para fazer previsões) Jacob Veerman, da Universidade de Queensland, na Austrália analisou 12 mil pessoas para fazer um levantamento diabetes, obesidade e estilo de vida.
Perguntas sobre doenças na família, prática de exercícios físicos e hábitos cotidianos coletaram dados para uma conclusão assustadora: cada hora sentado, após 25 anos, reduz a expectativa de vida em 21 minutos, dez a menos que fumar um cigarro.
A posição estática que o individuo passa tantas horas diariamente aumenta os riscos de diabetes e doenças cardiovasculares. Veja efeitos!
Adultos que passam seis horas por dia no sofá vendo TV ou no escritório em frente ao computador vivem quase cinco anos a menos que pessoas que não têm os mesmos hábitos.
A endocrinologista da Universidade de Leicester, Inglaterra, Emma Wilmot afirma que o corpo humano não foi feito para passar tanto tempo sentado. Um estudo conduzido por ela constatou que pessoas que passam mais de sete horas diárias sentadas têm aumento de 112% no risco de desenvolver diabetes, 147% no risco de doenças cardiovasculares e 49% no risco de morrer prematuramente mesmo que se exercitem regularmente.

O que os médicos ainda não sabem exatamente é por que uma atividade tão trivial quanto sentar seria prejudicial ao corpo.
Uma das possíveis explicações é a a ausência prolongada de contrações dos músculos esqueléticos, sobretudo nos músculos mais longos das pernas. "Quando o músculo não se contrai, ele consome menos energia. Essa energia se acumula no sangue na forma de açúcar, elevando o risco de diabetes e de outras doenças", explica Veerman em entrevista à Folha.
"Depois de meia hora sentado o corpo liga o 'modo repouso' e a taxa metabólica cai", explica João Eduardo Salles, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes e professor da Santa Casa de São Paulo.
Ficar de pé evita essa queda pois os músculos permanecem rígidos, o que consome mais energia. "De pé a mudança de posição é mais frequente, a pessoa se movimenta involuntariamente", diz Salles.
Mas pense bem antes de aposentar as cadeiras de casa. Para Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da USP, soluções como trabalhar em pé usando mesas altas não são vantajosas. "Quem trabalha de pé sente dores nas pernas. Aqueles que precisam digitar nessa posição, em estações de trabalho altas, sobrecarregam a coluna, os braços e o pescoço", explica. "O ideal é se movimentar. Se for para ficar parado é melhor sentar", conclui.
Já Antônio Chacra, endocrinologista e diretor do Centro de Diabetes da Unifesp, concorda com as conclusões das pesquisas, mas acha os números exagerados. "Essa contabilização exacerbada da saúde é coisa de médico americano. Fazendo isso você ganha quatro minutos de vida, fazendo aquilo perde dez. Reconheço que tem um papel didático, o paciente fica logo assustado, mas que é esquisito, isso é", opina.




Fonte: Folha de São Paulo

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Gestante pode fazer exercício físico?

Exercício na gestação

A atividade física de baixo impacto e ótima para auxiliar no fortalecimento dos músculos centrais do corpo. Se o abdômen, as costas e o assoalho pélvico estão tonificados, eles suportarão com mais conforto e resistência o período de gestação e a hora do parto. 

Além de tornar a recuperação da forma física que tinham antes da gravidez, mais tranqüila e rápida.





O exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde das pessoas e não poderia deixar de ser diferente na melhora da qualidade de vida das gestantes. Desde que se adotem alguns cuidados, tais como:
  • Controle da frequência cardíaca;
  • Controle da pressão arterial;
  • Cuidados nas posturas para realização dos exercícios;
  • Intensidade e Tempo de recuperação;
  • Respiração;
  • Evitar exercícios de grande impacto e intensidade.
De acordo com o American College of Sports Medicine (2010), durante a gravidez, a demanda metabólica aumenta em aproximadamente 300 kcal/dia.  As mulheres devem aumentar a ingesta calórica de forma a atender os custos calóricos da gravidez e do exercício. Ingestas calóricas superiores às recomendadas podem representar ganho de peso acima do desejável, principalmente na ausência de prática de exercício físico.

Recomenda-se a quem pretende engravidar:

É consenso, entre pesquisadores, o efeito do exercício físico no controle da obesidade e da hipertensão durante a gestação. Dessa forma, a prática de atividades físicas pode ser importante no período gestacional para contribuir com a qualidade de vida da gestante (Spolador e Pólito, 2009).

Segundo Powers e Howley (2005), a gravidez cria demandas especiais à mulher em decorrência das necessidades calóricas, protéicas, minerais e vitamínicas do feto em desenvolvimento e, é claro, do ambiente fisiologicamente estável necessário para o processamento desses nutrientes. Dentre os diversos benefícios relacionados à adesão a um programa de exercícios de moderada intensidade, figura a melhora da capacidade funcional da placenta, que leva ao aumento da distribuição de nutrientes (Gouveia, Martins, Sandes, Nascimento, Figueira e Valente, 2007), contribuindo com o crescimento fetal. 

Além destes cuidados é importante classificar as gestantes em dois grupos:  Sedentárias e Fisicamente Ativas.  Feito isso, os programas de exercício são esturutrados com a finalidade de melhorar o tônus muscular, alongar e aliviar às tensões ocasionadas pela alteração de peso, organizar a respiração, fortalecer o assoalho pélvico, musculatura lombar e melhorar o equilíbrio, levando em conta sempre as individualidades biológicas.

É importante relembrar que, antes de iniciar qualquer atividade física, a gestante procure por orientação médica. Se ela nunca fez exercício antes, é interessante que procure por uma turma Pré-Natal com um Personal Trainer que possa lhe dar total atenção durante a prática dos exercícios.

O programa de exercício para gestantes não aumenta a pressão sobre as articulações ou sobre as costas, da forma como é realizado. Na verdade, as costas serão fortificadas, assim como músculos relacionados a cavidade abdominal e região pélvica – permitindo uma gestação tranquila, sem dores, facilitando também a hora do parto e sua recuperação.

É de suma importância adaptar exercícios conforme cada fase da gravidez para permitir exercícios mais suaves ou focados em determinada área do corpo.

Exercícios específicos no 1° trimestre de gravidez

Nos primeiros três meses de gestação, as mudanças nos hormônios podem fazer com que a mulher se sinta exausta e com náuseas. Contudo, exercícios leves podem ser feitos e, muitas vezes, podem realmente energizar o corpo e fazer com ela se sinta melhor fisica e mentalmente. 


Exercícios específicos no 2° trimestre de gravidez

O segundo trimestre é, para a maioria das mulheres, a parte mais fácil da gravidez. Embora o corpo esteja mudando e se expandindo, os níveis de energia são geralmente elevados, e é aí que os exercícios devem ser maximizados, para proporcionar todas as vantagens do treinamento para os meses seguintes.


Exercícios específicos no 3° trimestre de gravidez

No terceiro trimestre, as mulheres tendem a se sentir pesadas e com a constante sensação de desconforto. Os hormônios começam a induzir a abertura das articulações do quadril, com possibilidade de causar dores nas costas. O peso adicional do bebê pode modificar a noção de equilíbrio, as pernas podem ficar inchadas e varizes podem se desenvolver. Determinados exercícios ajudam a minimizar todas estas condições associadas à gravidez, reforçando os músculos centrais que, por sua vez, levam à melhora da postura e da circulação.

Trabalho de Parto

A melhora no tônus muscular e na circulação, obtida através da prática também será de valor durante o trabalho de parto. As condições fisiológicas favorecidas a gestante pelo treinamento físico, permite uma maior oferta de oxigênio para o útero e torna o parto menos sofrido para o bebê. E, claro, as técnicas de respiração utilizadas desenvolvidas durante o programa, podem ajudar o controle da respiração durante o parto.


Em quais situações o exercício é desaconselhado?

Gestantes com ameaça de aborto espontâneo,  bebê prematuro no passado, sabe que há probabilidades de parto prematuro desta vez, teve sangramento forte, teve problemas na coluna lombar ou nas articulações do quadril, há alguma doença pré-existente, é hipertensa, gestante de gêmeos, devem evitar a prática de atividade física no período de gestação.

Começar a praticar exercícios regulares um ano antes da gestação, mas como nem sempre é possível planejar , recomenda-se não deixar  o sedentarismo tomar conta nesta fase. Nunca é tarde para começar!

Referências
  • Almeida, N.F.A.; Alves, M.V.P. Exercícios físicos para gestantes. Lecturas, Educación Física y Deportes: Revista Digital, 2009; 14. http://www.efdeportes.com/efd131/exercicios-fisicos-para-gestantes.htm
  • American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
  • American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
  • Brown, W.; Finch, C.; Robinson, D.; Torode, M.; White, S. SMA Statement. The benefits and risks of exercise during pregnancy. J Sci Med Sport 2002; 5:11-9.
  • Drumond JRTM, Macedo C, De Rose EH. Posicionamento da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade física e saúde da mulher. Rev Bras Med Esporte 2000; 6:215-20.
  • Ferreira, I.P.; Evangelista, L.A.; Silva, A.C.; Elicker, E. Gestantes: conhecendo os benefícios da prática de exercícios físicos em uma unidade de saúde da família, Porto Velho - Rondônia. Semana Educa 2010; 1.
  • Gouveia, R.; Martins, S.; Sandes, A.R.; Nascimento, C.; Figueira, J.; Valente, S. Gravidez e exercício físico: mitos, evidências e recomendações. Acta Med Port 2007; 20:209-14.
  • Kardel, K.R.; Kase, T. Training in pregnant women: effects on fetal development and birth. Am J Obstet Gynecol 1998; 178:280-6.
  • Lima, F.R.; Oliveira, N. Gravidez e exercício. Rev Bras Reumatol 2005, 45:188- 90.
  • Matsudo, V.K.R.; Matsudo, S.M.M. Atividade física e esportiva na gravidez. In: Tedesco JJ, editor. A grávida. São Paulo: Atheneu, 2000.
  • Powers, S.K.; Howley, E.T. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.
  • Spolador, J.G.O.; Pólito, M.D. Influência da atividade física, da pressão arterial e variáveis antropométricas da gestante sobre o peso do feto ao nascer. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício2009; 8:30-3.
  • Tavares, J.S.; Melo, A.S.O.; Amorim, M.M.R.; Barros, V.O.; Takito, M.Y.; Benício, M.H.D. Padrão de atividade física entre gestantes atendidas pela estratégia saúde da família de Campina Grande- PB. Rev Bras Epidemiol 2009; 12:10-9.

Veja mais:

Exercício físico pode modificar a célula de gordura!


A prática de exercícios físicos promove a saúde e reduz os riscos de diabetes e obesidade na maioria das pessoas.

Porém, de que maneira, a nível celular, a atividade física executa essa magia benéfica, ou seja, quais medidas fisiológicas estão envolvidas nisso, permanece sendo um imenso mistério.

Vários novos estudos marcantes, no entanto, mostram que a prática de exercícios parece alterar drasticamente a forma como os genes funcionam.

Os genes não são estáticos. Eles são ativados ou desativados, dependendo dos sinais bioquímicos que recebem de outras partes do corpo. Quando estão ativados, os genes expressam várias proteínas que, por sua vez, levam a uma série de ações fisiológicas no corpo.

Há um meio poderoso de afetar a atividade genética que consiste em um processo chamado de metilação, no qual os grupos metilo, compostos de átomos de carbono e hidrogênio, se fixam na face exterior de um gene e facilitam ou dificultam a recepção e resposta a mensagens do corpo. Deste modo, o comportamento do gene é alterado, mas não a estrutura fundamental do gene em si. Surpreendentemente, esses padrões de metilação podem ser transmitidos aos descendentes – um fenômeno conhecido como epigenética.

O que é particularmente fascinante no processo de metilação é que ele parece ser motivado em grande parte pelo estilo de vida. Muitos estudos recentes descobriram que a alimentação, por exemplo, afeta de forma notável a metilação dos genes, e os cientistas que trabalham nessa área suspeitam que os padrões de metilação genética resultantes de tipos de alimentação diferentes podem determinar em parte se uma pessoa chegará a desenvolver diabetes e outras doenças metabólicas.

Contudo, o papel da atividade física na metilação do gene ainda não foi muito bem compreendido, embora a prática de exercícios, assim como a alimentação, mude o nosso corpo. Assim, vários grupos de cientistas iniciaram pesquisas recentemente para determinar o que a malhação provoca no exterior dos nossos genes.
A resposta, conforme mostram resultados publicados recentemente, é de que as mudanças trazidas pelos exercícios são bastante expressivas.

Dos novos estudos, talvez o mais impressionante seja um conduzido principalmente por pesquisadores filiados ao Centro de Diabetes da Universidade de Lund, na Suécia, e publicado no mês passado na revista PLoS One. A pesquisa começou recrutando dezenas de homens adultos sedentários, mas saudáveis no geral, e tirando amostras de algumas de suas células de gordura. Usando novas técnicas da biologia molecular, os investigadores mapearam os padrões de metilação do DNA no interior dessas células. Eles também mediram a composição corporal, a capacidade aeróbia, a circunferência abdominal, a pressão arterial, os níveis de colesterol e marcadores semelhantes de saúde e boa forma dos homens.

Então, sob a orientação de um instrutor, os voluntários começaram a frequentar aulas de spinning e aeróbica duas vezes por semana durante seis meses. Ao fim desse período, os homens tinham eliminado gordura e centímetros na cintura, aumentado à resistência e melhorado a pressão arterial e perfis associados ao colesterol.

Algo menos óbvio, mas que talvez traga ainda mais consequências, é o fato de que também houve uma alteração no padrão de metilação de muitos dos genes das células de gordura desses participantes. Mais de 17.900 pontos específicos de 7663 genes diferentes nas células de gordura mostraram mudanças nos padrões de metilação. Na maioria dos casos, os genes se tornaram mais metilados, mas alguns passaram a ter menos ligações com grupos metilo. Ambas as situações afetam o modo como os genes expressam as proteínas.

Os genes que mostraram ter passado por alterações mais significativas quanto à metilação também pareceram ser aqueles que haviam sido previamente identificados como associados ao armazenamento de gordura e ao risco de desenvolvimento de diabetes ou obesidade.

“Nossos dados sugerem que a prática de exercícios pode afetar o risco de diabetes tipo 2 e obesidade, alterando a metilação do DNA dos genes”, disse Charlotte Ling, professora adjunta da Universidade de Lund e principal autora do estudo.


Fonte: http://boaforma.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/10/estudos-revelam-que-pratica-de-exercicios-modifica-celulas-de-gordura.htm

Veja mais:

Pesquisa - Relação entre balanço mandibular e força nos braços.

Tem mordida cruzada ou desequilíbrio mandibular? Pois diferenças de força entre os braços, podem ter sua origem nas diferenças de oclusão.


Estudo publicado no Jornal de Engenharia Biomédica (2012), pesquisadores da Universidade do Vietnã, testaram mecanismos para esse fenômeno. 

Voluntários e voluntárias do estudo mordiam uma espécie de espaçador, enquanto seguravam uma carga de 150 gramas com os braços a 90º em abdução. 

Mediram com eletrodos a atividade mioelétrica dos músculos trapézio superior, masseter, deltoide acromial e braquioradial. Os espaçadores de 2mm e 3mm foram colocados entre os dentes pré-molar e molar somente de um lado depois o procedimento era repetido no lado contrário. Descobriram que quando se mordia o espaçador do lado esquerdo, havia quedas de força contralaterais no braço direito, e vice-versa. 

Quanto maior o tamanho do espaçador, maior era a perda, sendo que a cada 0.5mm equivaleu a 5% menos de força realizada. As perdas de força maiores foram encontradas nos músculos do trapézio e deltoide.

Referência

Truong Quang Danget al. - Analyzing surface EMG signals to determine relationship between jaw imbalance and arm strength loss. BioMedical Engineering OnLine 2012

Pra ler na íntegra: http://www.biomedical-engineering-online.com/content/11/1/55

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