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Gestante pode fazer exercício físico?

Exercício na gestação

A atividade física de baixo impacto e ótima para auxiliar no fortalecimento dos músculos centrais do corpo. Se o abdômen, as costas e o assoalho pélvico estão tonificados, eles suportarão com mais conforto e resistência o período de gestação e a hora do parto. 

Além de tornar a recuperação da forma física que tinham antes da gravidez, mais tranqüila e rápida.





O exercício físico traz inúmeros benefícios para a saúde das pessoas e não poderia deixar de ser diferente na melhora da qualidade de vida das gestantes. Desde que se adotem alguns cuidados, tais como:
  • Controle da frequência cardíaca;
  • Controle da pressão arterial;
  • Cuidados nas posturas para realização dos exercícios;
  • Intensidade e Tempo de recuperação;
  • Respiração;
  • Evitar exercícios de grande impacto e intensidade.
De acordo com o American College of Sports Medicine (2010), durante a gravidez, a demanda metabólica aumenta em aproximadamente 300 kcal/dia.  As mulheres devem aumentar a ingesta calórica de forma a atender os custos calóricos da gravidez e do exercício. Ingestas calóricas superiores às recomendadas podem representar ganho de peso acima do desejável, principalmente na ausência de prática de exercício físico.

Recomenda-se a quem pretende engravidar:

É consenso, entre pesquisadores, o efeito do exercício físico no controle da obesidade e da hipertensão durante a gestação. Dessa forma, a prática de atividades físicas pode ser importante no período gestacional para contribuir com a qualidade de vida da gestante (Spolador e Pólito, 2009).

Segundo Powers e Howley (2005), a gravidez cria demandas especiais à mulher em decorrência das necessidades calóricas, protéicas, minerais e vitamínicas do feto em desenvolvimento e, é claro, do ambiente fisiologicamente estável necessário para o processamento desses nutrientes. Dentre os diversos benefícios relacionados à adesão a um programa de exercícios de moderada intensidade, figura a melhora da capacidade funcional da placenta, que leva ao aumento da distribuição de nutrientes (Gouveia, Martins, Sandes, Nascimento, Figueira e Valente, 2007), contribuindo com o crescimento fetal. 

Além destes cuidados é importante classificar as gestantes em dois grupos:  Sedentárias e Fisicamente Ativas.  Feito isso, os programas de exercício são esturutrados com a finalidade de melhorar o tônus muscular, alongar e aliviar às tensões ocasionadas pela alteração de peso, organizar a respiração, fortalecer o assoalho pélvico, musculatura lombar e melhorar o equilíbrio, levando em conta sempre as individualidades biológicas.

É importante relembrar que, antes de iniciar qualquer atividade física, a gestante procure por orientação médica. Se ela nunca fez exercício antes, é interessante que procure por uma turma Pré-Natal com um Personal Trainer que possa lhe dar total atenção durante a prática dos exercícios.

O programa de exercício para gestantes não aumenta a pressão sobre as articulações ou sobre as costas, da forma como é realizado. Na verdade, as costas serão fortificadas, assim como músculos relacionados a cavidade abdominal e região pélvica – permitindo uma gestação tranquila, sem dores, facilitando também a hora do parto e sua recuperação.

É de suma importância adaptar exercícios conforme cada fase da gravidez para permitir exercícios mais suaves ou focados em determinada área do corpo.

Exercícios específicos no 1° trimestre de gravidez

Nos primeiros três meses de gestação, as mudanças nos hormônios podem fazer com que a mulher se sinta exausta e com náuseas. Contudo, exercícios leves podem ser feitos e, muitas vezes, podem realmente energizar o corpo e fazer com ela se sinta melhor fisica e mentalmente. 


Exercícios específicos no 2° trimestre de gravidez

O segundo trimestre é, para a maioria das mulheres, a parte mais fácil da gravidez. Embora o corpo esteja mudando e se expandindo, os níveis de energia são geralmente elevados, e é aí que os exercícios devem ser maximizados, para proporcionar todas as vantagens do treinamento para os meses seguintes.


Exercícios específicos no 3° trimestre de gravidez

No terceiro trimestre, as mulheres tendem a se sentir pesadas e com a constante sensação de desconforto. Os hormônios começam a induzir a abertura das articulações do quadril, com possibilidade de causar dores nas costas. O peso adicional do bebê pode modificar a noção de equilíbrio, as pernas podem ficar inchadas e varizes podem se desenvolver. Determinados exercícios ajudam a minimizar todas estas condições associadas à gravidez, reforçando os músculos centrais que, por sua vez, levam à melhora da postura e da circulação.

Trabalho de Parto

A melhora no tônus muscular e na circulação, obtida através da prática também será de valor durante o trabalho de parto. As condições fisiológicas favorecidas a gestante pelo treinamento físico, permite uma maior oferta de oxigênio para o útero e torna o parto menos sofrido para o bebê. E, claro, as técnicas de respiração utilizadas desenvolvidas durante o programa, podem ajudar o controle da respiração durante o parto.


Em quais situações o exercício é desaconselhado?

Gestantes com ameaça de aborto espontâneo,  bebê prematuro no passado, sabe que há probabilidades de parto prematuro desta vez, teve sangramento forte, teve problemas na coluna lombar ou nas articulações do quadril, há alguma doença pré-existente, é hipertensa, gestante de gêmeos, devem evitar a prática de atividade física no período de gestação.

Começar a praticar exercícios regulares um ano antes da gestação, mas como nem sempre é possível planejar , recomenda-se não deixar  o sedentarismo tomar conta nesta fase. Nunca é tarde para começar!

Referências
  • Almeida, N.F.A.; Alves, M.V.P. Exercícios físicos para gestantes. Lecturas, Educación Física y Deportes: Revista Digital, 2009; 14. http://www.efdeportes.com/efd131/exercicios-fisicos-para-gestantes.htm
  • American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
  • American College of Sports Medicine. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
  • Brown, W.; Finch, C.; Robinson, D.; Torode, M.; White, S. SMA Statement. The benefits and risks of exercise during pregnancy. J Sci Med Sport 2002; 5:11-9.
  • Drumond JRTM, Macedo C, De Rose EH. Posicionamento da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade física e saúde da mulher. Rev Bras Med Esporte 2000; 6:215-20.
  • Ferreira, I.P.; Evangelista, L.A.; Silva, A.C.; Elicker, E. Gestantes: conhecendo os benefícios da prática de exercícios físicos em uma unidade de saúde da família, Porto Velho - Rondônia. Semana Educa 2010; 1.
  • Gouveia, R.; Martins, S.; Sandes, A.R.; Nascimento, C.; Figueira, J.; Valente, S. Gravidez e exercício físico: mitos, evidências e recomendações. Acta Med Port 2007; 20:209-14.
  • Kardel, K.R.; Kase, T. Training in pregnant women: effects on fetal development and birth. Am J Obstet Gynecol 1998; 178:280-6.
  • Lima, F.R.; Oliveira, N. Gravidez e exercício. Rev Bras Reumatol 2005, 45:188- 90.
  • Matsudo, V.K.R.; Matsudo, S.M.M. Atividade física e esportiva na gravidez. In: Tedesco JJ, editor. A grávida. São Paulo: Atheneu, 2000.
  • Powers, S.K.; Howley, E.T. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. Barueri: Manole, 2005.
  • Spolador, J.G.O.; Pólito, M.D. Influência da atividade física, da pressão arterial e variáveis antropométricas da gestante sobre o peso do feto ao nascer. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício2009; 8:30-3.
  • Tavares, J.S.; Melo, A.S.O.; Amorim, M.M.R.; Barros, V.O.; Takito, M.Y.; Benício, M.H.D. Padrão de atividade física entre gestantes atendidas pela estratégia saúde da família de Campina Grande- PB. Rev Bras Epidemiol 2009; 12:10-9.

Veja mais:

Exercício físico pode modificar a célula de gordura!


A prática de exercícios físicos promove a saúde e reduz os riscos de diabetes e obesidade na maioria das pessoas.

Porém, de que maneira, a nível celular, a atividade física executa essa magia benéfica, ou seja, quais medidas fisiológicas estão envolvidas nisso, permanece sendo um imenso mistério.

Vários novos estudos marcantes, no entanto, mostram que a prática de exercícios parece alterar drasticamente a forma como os genes funcionam.

Os genes não são estáticos. Eles são ativados ou desativados, dependendo dos sinais bioquímicos que recebem de outras partes do corpo. Quando estão ativados, os genes expressam várias proteínas que, por sua vez, levam a uma série de ações fisiológicas no corpo.

Há um meio poderoso de afetar a atividade genética que consiste em um processo chamado de metilação, no qual os grupos metilo, compostos de átomos de carbono e hidrogênio, se fixam na face exterior de um gene e facilitam ou dificultam a recepção e resposta a mensagens do corpo. Deste modo, o comportamento do gene é alterado, mas não a estrutura fundamental do gene em si. Surpreendentemente, esses padrões de metilação podem ser transmitidos aos descendentes – um fenômeno conhecido como epigenética.

O que é particularmente fascinante no processo de metilação é que ele parece ser motivado em grande parte pelo estilo de vida. Muitos estudos recentes descobriram que a alimentação, por exemplo, afeta de forma notável a metilação dos genes, e os cientistas que trabalham nessa área suspeitam que os padrões de metilação genética resultantes de tipos de alimentação diferentes podem determinar em parte se uma pessoa chegará a desenvolver diabetes e outras doenças metabólicas.

Contudo, o papel da atividade física na metilação do gene ainda não foi muito bem compreendido, embora a prática de exercícios, assim como a alimentação, mude o nosso corpo. Assim, vários grupos de cientistas iniciaram pesquisas recentemente para determinar o que a malhação provoca no exterior dos nossos genes.
A resposta, conforme mostram resultados publicados recentemente, é de que as mudanças trazidas pelos exercícios são bastante expressivas.

Dos novos estudos, talvez o mais impressionante seja um conduzido principalmente por pesquisadores filiados ao Centro de Diabetes da Universidade de Lund, na Suécia, e publicado no mês passado na revista PLoS One. A pesquisa começou recrutando dezenas de homens adultos sedentários, mas saudáveis no geral, e tirando amostras de algumas de suas células de gordura. Usando novas técnicas da biologia molecular, os investigadores mapearam os padrões de metilação do DNA no interior dessas células. Eles também mediram a composição corporal, a capacidade aeróbia, a circunferência abdominal, a pressão arterial, os níveis de colesterol e marcadores semelhantes de saúde e boa forma dos homens.

Então, sob a orientação de um instrutor, os voluntários começaram a frequentar aulas de spinning e aeróbica duas vezes por semana durante seis meses. Ao fim desse período, os homens tinham eliminado gordura e centímetros na cintura, aumentado à resistência e melhorado a pressão arterial e perfis associados ao colesterol.

Algo menos óbvio, mas que talvez traga ainda mais consequências, é o fato de que também houve uma alteração no padrão de metilação de muitos dos genes das células de gordura desses participantes. Mais de 17.900 pontos específicos de 7663 genes diferentes nas células de gordura mostraram mudanças nos padrões de metilação. Na maioria dos casos, os genes se tornaram mais metilados, mas alguns passaram a ter menos ligações com grupos metilo. Ambas as situações afetam o modo como os genes expressam as proteínas.

Os genes que mostraram ter passado por alterações mais significativas quanto à metilação também pareceram ser aqueles que haviam sido previamente identificados como associados ao armazenamento de gordura e ao risco de desenvolvimento de diabetes ou obesidade.

“Nossos dados sugerem que a prática de exercícios pode afetar o risco de diabetes tipo 2 e obesidade, alterando a metilação do DNA dos genes”, disse Charlotte Ling, professora adjunta da Universidade de Lund e principal autora do estudo.


Fonte: http://boaforma.uol.com.br/noticias/redacao/2013/08/10/estudos-revelam-que-pratica-de-exercicios-modifica-celulas-de-gordura.htm

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