Consumo de Açaí, Fadiga e Exercício Físico
ARTIGO - COMPARAÇÃO DA
CONCENTRAÇÃO SANGUÍNEA DE ÁCIDO LÁTICO, APÓS SUPLEMENTAÇÃO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea Mart.) NA FADIGA
INDUZIDA EM INDIVÍDUO TREINADO
O estudo objetivou verificar a influência do
consumo de açaí, pré-treino, no aumento da tolerância ao esforço, como resposta
à fadiga induzida, em indivíduo de 50 anos, treinado, após ser submetido a
protocolo adaptado de Balke em esteira. Utilizando o marcador sanguíneo: ácido
lático. Vários estudos têm demonstrado que o consumo de açaí, influencia no
nível de concentração de lactato sanguíneo em situações de esforço físico. A
pesquisa classificada como estudo de caso único, quantitativo, experimental de
design intra-sujeitos, foi realizada em estúdio. Utilizaram-se dois testes
de intensidade controlada, com mesmo protocolo adaptado em esteira de Balke. No
teste 1, sem suplementação e no teste 2, com consumo de 300 mL de polpa de açaí
pré-teste. Verificou-se variação média de ácido lático menor em aproximadamente (Δ %) - 25,98%, após
consumo. O estudo verificou um retardamento do marcador de fadiga muscular após o consumo de açaí.
Introdução
O açaí, fruto da palmeira Euterpe oleraceae Martius é tipicamente
originário do delta amazônico brasileiro. O interesse por seu uso e sua grande
popularidade nacional e internacionalmente, tem-se intensificado com maior
ênfase nas publicações científicas a partir de 2009, devido evidências de seus
efeitos antioxidantes (SOUZA, M. O. et al., 2011).
Degustado de várias formas, o açaí é vem sendo
consumido como creme gelado adicionado a vários acompanhamentos, no entanto
ganhou notoriedade como suco entre atletas e frequentadores de academias,
geralmente sendo associado a frutas e cereais (LEE; BALICK, 2008).
Observou-se nas bases de dados Science Direct e PubMed, escassez de estudos direcionados ao consumo de polpa de açaí ou
suplementação à base de açaí focados na performance de atletas ou em fatores
influenciadores da performance, como a fadiga, apesar do grande interesse nas
propriedades do açaí como alimento funcional (LICHTENTHALER et al., 2005; KANG et al., 2010).
Supunha-se que fadiga relacionava-se a lacticemia
muscular, atualmente estudos têm demonstrado que, no metabolismo glicolítico, o
desequilíbrio entre a formação de íons de hidrogênio (H+)
e sua remoção da corrente sanguínea, promove
acidose metabólica, que, associada a outros determinantes, como a
depleção das reservas de glicogênio e eletrólitos, induzem a fadiga periférica
(ACSM, 2003; ASCENÇÃO
A. et al., 2003).
Pesquisas recentes compararam a influência da
suplementação de bebidas à base de açaí, pré-esforço, em marcadores de fadiga
como Lactato Desidrogenase (LDH), Creatinoquinase (CK), Lactato sanguíneo, após
testes indutores de fadiga muscular aguda, inferindo, ser o açaí, pela
composição de antioxidantes associados, um possível retardador de fadiga
muscular (GUERRA, 2011; PEIXOTO,
2014).
O presente estudo objetivou verificar se a ingestão
de extrato vegetal, (polpa de açaí), pré-treino, poderia influenciar positivamente
na performance de ex-sedentário, atualmente praticante de caminhada e
treinamento funcional, na frequência de 3x/semana, há 8 meses, retardando a
sensação de fadiga aguda, após aplicação de teste em esteira modificado de
Balke, (POLLOCK, M. L.; WILMORE,
J. H., 1993)
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