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Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil

Brasil pode alcançar EUA em obesidade infantil

Crianças obesas tendem a ter problemas de saúde mais tarde.

As crianças e adolescentes brasileiros estão chegando perto dos americanos da sua faixa etária em índices de obesidade e, se não se cuidarem, poderão se tornar os novos gordinhos do século 21, indica um estudo inédito de pesquisadoras da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

O trabalho do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária da Uerj analisou 260 alunos de 10 a 19 anos de uma escola pública no Rio de Janeiro e verificou que 15,6% estavam acima do peso recomendado para a sua faixa etária e 11,7% já poderiam ser consideradas obesos. Nos Estados Unidos, 17% estão nessa situação, embora essa categoria não seja adotada.

"Em uma geração, essa situação já pode estar muito parecida com a dos Estados Unidos", afirma a médica de família Débora Teixeira, uma das autoras do estudo. "Nossos padrões alimentares copiam muito o dos americanos: muito açúcar, muito carboidrato."
No Brasil, uma criança tem excesso de peso quando está acima do percentil 85 da curva de índice de massa corporal ideal (IMC) para a sua faixa etária; para ser considerado obeso, é preciso ultrapassar o percentil 95. (Calcule o seu na calculadora na barra da dieita)

O IMC é calculado pela divisão do peso em quilos pela altura da pessoa ao quadrado. No caso de adultos, uma pessoa é considerada acima do peso quando tem um IMC acima de um número determinado.

O endocrinologista Walmir Coutinho, presidente da Federação Latino-Americana de Sociedades de Obesidade, ressalta que, embora o Brasil esteja atrás dos Estados Unidos, o problema tem piorado tanto que, se nada for feito, o país pode caminhar para uma situação "até mais grave" do que a americana.

"Nós ainda estamos passando por uma mudança, com aumento do acesso a TV, automóvel e telefone. Nos Estados Unidos, eles já passaram por isso há 40 anos."


Jacobson também vê o risco de o Brasil seguir o caminho dos seus compatriotas. "Há semelhanças: as crianças estão mais urbanas, há menos oportunidades para atividades físicas, o fast-food está se disseminando", diz o pediatra, que já fez diversas palestras sobre o assunto no Brasil.

Uma criança obesa não só tem mais chances de se tornar um adulto obeso como aumenta as suas chances de desenvolver doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.


Fonte: BBC

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